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Prêmios literários: cronologia

Em 17 de novembro de 2012, Oleg Almeida recebe o Prêmio Literário Bunkyo da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (São Paulo) atribuído ao seu livro Quarta-feira de Cinzas e outros poemas:

 

Reza o veredicto da Comissão de Atividades Literárias da Sociedade (fonte: www.bunkyo.bunkyonet.org.br):

Parece que a pasmaceira que se abatera há muito sobre a nossa poesia está se dissipando aos poucos, mostrando que a "arte pela arte", bem como o estruturalismo e outras tendências afins são hoje sombras de um passado remoto, cujo descarte se faz necessário.

Algumas das obras poéticas que nos chegaram às mãos sugerem buscas que vêm sendo empreendidas nesse sentido à cata, sobretudo, de uma linguagem que traduza o posicionamento das novas gerações em face da sobrecarga pesada e multifacetada da herança e resultado de um dos períodos mais conturbados de desumanidade, cujas duas guerras mundiais do século vinte não passam – parece – de meros prólogos.

Os poetas aqui laureados, neste concurso, cada qual a seu modo e dentro de suas linhas mestras, demonstram uma forte inclinação voltada para exploração do potencial linguístico sem se prenderem em demasia à erudição gratuita ou preciosismo das experimentações tão do agrado das gerações precedentes, propiciando desse modo maior aproximação entre poetas e leitores.

Um dos exemplos flagrantes pode ser visto na obra do poeta ainda pouco conhecido entre nós, que navega com bastante naturalidade e fluência em todas as águas do lirismo pós-moderno, sem se prender a ismos e coisas que tais. Proclama o autor num dos poemas:

"Sou Crusoé confinado em sua ilha, um gênio recluso numa garrafa bojuda, um vento encarcerado entre quatro paredes. Sei disso e não procuro pela saída: sou livre."

Trata-se de OLEG ALMEIDA, natural da Bielorrússia que, vindo ao Brasil aos 34 anos de idade, adotou o português como língua de criação literária. Concorre com Quarta-feira de cinzas e outros poemas, coletânea que enfeixa grande variedade de formas, tanto fixas como livres, como baladas, soneto, madrigal, haicais, peã (esta de linha clássica greco-romana) e inúmeras outras. Não podemos esquecer, sob pena de emissão imperdoável, do Tríptico Auriverde composto de O Corvo, A Cinderela e Dois Mundos – inolvidável retrato desvelado do Brasil de nossos dias. Há em seus poemas uma incansável busca de solidariedade humana, lançado mão de vários níveis de linguagem, mantendo, porém, sempre "o compromisso entre o coloquial-cotidiano e as brilhantes pepitas de um vocabulário erudito", como acentua Cláudio Murilo Leal na apresentação da obra. Cumpre não perder de vista também, entre outros, o poema Dum spiro, spero (título em latim, ou em tradução aproximada, "enquanto respiro, tenho esperança"), que arremata com estes versos: "Forte como as mãos paternais / e serena como uma prece, / a esperança compensa a urgência dos dias / com tanta certeza de não me levarem à morte, mas, sim, ao futuro / que partilhá-la convosco, amigos, quero: / posto que grande demais para mim, em pessoa, seja, / para a humanidade seria de bom tamanho!" (...)

Em 27 de outubro de 2013, Oleg Almeida recebe o Primeiro Prêmio Absoluto do Certame "Poesia, Prosa e Artes Figurativas" da Academia Internacional Il Convivio (Castiglione di Sicilia/Itália), atribuído ao seu livro Memórias dum hiperbóreo:

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