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Entrevista publicada no Portal da Lusofonia CEN ("Cá Estamos Nós") em 19 de fevereiro de 2010

– Seu nome? O nome, que constava da minha cédula de identidade até 2005, era Oleg Andréev. Uma vez radicado no Brasil e casado com uma brasileira dos quatro costados, acrescentei a ele o sobrenome do sogro finado – Almeida. Assim se formou o meu nome literário: Oleg Almeida.

– Sua profissão? Sou tradutor dos vernáculos russo e francês.

– Quer falar um pouco da terra onde mora? Nascido em 1º de abril de 1971 na Bielorrússia, que na época fazia parte da União Soviética, eu passei lá mais de três décadas. Em 2005 mudei-me para o Brasil. Atualmente moro em Brasília, uma cidade que chamaria, ao mesmo tempo, de estranha e fascinante: estranha por ser bem diferente das cidades que têm crescido de modo natural, ao longo dos séculos; fascinante porque foi erguida, em pleno deserto, pela perseverança do gênio humano e, em menos de 50 anos, reuniu no seu seio os representantes de todas as etnias e classes sociais do Brasil.

– Quando começou a escrever? Comecei a escrever muito cedo, com 9 ou 10 anos de idade. Eram diversas histórias infantis, cheias de aventuras mirabolantes, que eu rabiscava nos meus cadernos escolares e que, anos mais tarde, cederiam espaço à poesia. Meu primeiro poema Belarus (uma espécie de samba-exaltação em homenagem à terra natal) foi publicado num jornal bielorrusso em 1988. Desde então escrevo principalmente em versos, deixando a prosa para o dia a dia.

– Teve a influência de alguém para começar a escrever? Muitos foram os livros que não digo "me influenciaram", mas certamente inspiraram a minha criatividade. Leio meia dúzia de idiomas e, dentre os meus autores preferidos, destacam-se Charles Baudelaire e Fernando Pessoa, Alexandr Púchkin e William Shakespeare, Albert Camus e Federico García Lorca.

– Tem livro(s) impresso(s) (editora e ano)? Meu livro de estreia, romance poético Memórias dum hiperbóreo, foi lançado pela Editora 7 Letras (Rio de Janeiro) em 2008.

– Quais são seus projectos literários para 2009 / 2010? Espero que consiga publicar as versões portuguesas dos Pequenos poemas em prosa de Charles Baudelaire e dos Cantos de Bilítis de Pierre Louÿs que fiz no ano passado, bem como o meu novo livro de poesia intitulado Quarta-Feira de Cinzas e outros poemas. Além disso, pretendo organizar uma antologia virtual de poesia lusófona contemporânea e, aproveitando o ensejo, convido todos os autores interessados a participarem nela.

– Tem livro(s) electrónico(s) (e-books)? Ainda não tenho. Quando tiver, avisarei.

– Fale-nos um pouco de si, como pessoa humana? Sou uma pessoa simples que dá valor às boas coisas da vida e singelamente crê no futuro.

– Como Escritor? Não acredito que a beleza (inclusive a das obras literárias) seja capaz de "salvar o mundo", conforme profetizou o grande Dostoiévski, mas acho que, despertando n’alma humana os sentimentos mais puros e nobres, ela possa ajudar a melhorá-lo. Se a humanidade não a desprezar, claro...

– Tem prémios literários? Embora tenha participado de vários concursos literários, ainda não ganhei nenhum prêmio significativo: sorte ou azar, só o tempo dirá.

– Tem Home Page própria (sem considerar outras que simplesmente tenham trabalhos seus)? Tenho, sim: www.olegalmeida.com.

– Conhece as vantagens que os Autores do CEN têm em ter sua Home Page ou (e) Livro(s) electrónico(s), nos nossos sites? Conheço, sim. Por isso mesmo é que entrei em contato com o Portal CEN.

– Que conselho daria a uma pessoa que começasse agora a escrever? A única coisa que poderia aconselhar a quem estivesse disposto a ingressar no fabuloso mundo das letras, é a coragem. Procure seu próprio caminho artístico, elabore seu estilo que seja inconfundível, escreva e divulgue seus escritos sem medo de atraírem injustas críticas e, afinal de contas, sempre se lembre da máxima proferida pelo ínclito pensador romano Lúcio Sêneca: "A coragem conduz às estrelas, e o medo, à morte!"

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